quinta-feira, 29 de maio de 2014

Saudades da Minha Infância

Olá,
Dizem que quanto mais velhos ficamos, mais saudosos da infância estamos. Agora consigo assimilar a razão contida nesta frase.
Ao Observar minha mãe, nos autos dos seus sábios 84 anos, na corrida aos 85, vejo quanto ela lembra tão nitidamente das coisas vistas e emoções sentidas na infância, enquanto que uma frase dita a apenas 2 horas resta esquecida, assim como as demais coisas do seu dia-a-dia.
Vejo que aquela afirmativa dos psicólogos de que a criança percebe tudo a seu redor e grava cheiros e sons, na infância, é verdadeira.
 Dizem ainda que toda a formação do caráter do indivíduo se forma até os 7 anos de idade, e deve ser mesmo.
Gravei sons, cheiros e imagens tão agradáveis de lembrar, que de vez em quando me refugio nesses arquivos mentais, prá aliviar as tensões do cotidiano.
Lembro de como meu quarto era arrumado, minha cama abaixo da janela e ao lado a cama do meu irmão, no primeiro andar do sobrado que morávamos. Sim, fomos criados lado a lado, sem distinção.
Hoje vejo casais preocupados em ter dois quartos e dois computadores - um prá cada filho em respeito a individualidade!!!
Ai como era bom ter meu irmão do lado quando acordava no sobressalto, de um 'sonho ruim', ou mesmo de 'xixi', até mamãe me trocar.
E não imagine que éramos sem recursos por usar mesmo quarto, era cultural ter os filhos juntos até adolescência, tínhamos café da manhã em família, ah! o cheiro do cuscuz hummmmm.
Depois vovó me fazia as tranças, colocava a farda (uniforme), e, meu irmão de quando em vez ia me deixar na escola em sua linda bicicleta 'monarc', sim, daquelas de peão de obra, cheia de adereços e espelhinhos, eu me sentia num cadillac. E olha que meu pai tinha um.
Ao voltar do colégio, o almoço tinha cheiro de feijão nordestino com abóbora - logo depois eu deitava no alpendre (varanda), a observar as nuvens e a fileira das formigas - sempre se cumprimentando alimentando meus sonhos de estórias imaginárias.
Sim, ali existia a pureza da minha alma, sonhos infantis transformados em risos, que delícia lembrar.
Sem falar das férias na praia, em casa de pescador alugada a beira do mar, cobertas por telha/palha, não havia os caríssimos resorts.
O brincar tinha que ser fruto da imaginação. Nada era adquirido em pacotes.
O cheiro do mar invadia a mente, a maresia e seus sargaços firmaram para sempre o seu perfume em mim, lembrança visceral.
Era muito legal, nos juntar aos filhos de pescadores e moradores da praia e brincar de 31 alerta (pique-esconde), garrafão, rodas, jogar peão (sempre errei), pular academia (amarelinha), corda, ou quando vovó contava seus contos (estórias) de arrepiar, e as crianças iam se juntando num bolo só, com olhos arregalados.
"A minha infância querida", sou, no fundo, aquela menina assustada e brincalhona. com as tranças desarrumadas, correndo e pulando sem parar de tanta alegria.
Sou travessa, inquieta, e ainda gosto de cantar, mas a vida não tem brincado para de mim te arrancar. Agradeço a Deus por ter um arquivo na memória, para quando o bicho pegar na realidade, na infância me refugiar.
Ô saudade do cheiro da terra de praia molhada pelo orvalho da noite, num amanhecer em Itamaracá.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Valores e Desvalores.

Olá.
Ta´mais que atual dizer 'cada um vive como quiser, desde que não interfira na minha vida'. Mas o fato é que se todos resolverem viver "como quiserem", acaba sim interferindo na vida de todos. Detesto admitir, mas as regras são necessárias para a boa convivência e o limite do que se pode ou se deve fazer, é necessáro.
O ser humano precisou instituir regras para viver, no Direito chamamos de leis, no cotidiano chamamos de educação doméstica, mas elas sempre existiram desde os primórdios.
Não estou fazendo a visão ampla das normas jurídicas ou sociais, estou apenas trazendo ao contexto as minimas regras do convívio e do bom senso, existente no íntimo de cada pessoa em conformidade com a educação dada em família e a influência do meio.
Observo com tristeza, a crescente violência sofrida entre os jovens americanos, não raro uma notícia abala o mundo. Normalmente, um deles de família classe média americana entra nas escolas, universidades, hospitais atirando em alguns, e cometendo suicídio em seguida, cientes de que naquele país o rigor da legislação penal poderá levá-lo à morte ou à prisão perpétua.
Então, não se trata de impunidade como vista aqui no Brasil, considerando a 'menoridade' da delinquência como atenuante da pena cabível ao crime que praticou, bem como, não se trata de pobreza, exclusão social ou falta de oportunidade social, também defendida pelos protetores de menores infratores brasileiros.
Trata de um desajuste emocional não percebido socialmente, por conta deste respeito ao 'viver do jeito que quero viver', daí não se percebe que o indivíduo sofre, se sente desprezado, mesmo tendo seu comportamento introspecto, diferente daquilo preconizado como convívio normal.
Penso existir um exagero nesse respeito a forma de cada um, até mesmo pelos pais que devem observar sempre se seus filhos apresentam uma espécie de sofrimento e se fecham em si mesmos.
Hoje em dia é valor cada um viver  como quer, mas somos seres que necessitamos de afeto, de valores, de limites, para superarmos os monstros que vivem em nós, frutos de nossas frustrações.
 Custumo dizer que somos todos sequelados!!!!
Há uma necessidade imperiosa de se afirmar no mundo, desconsiderando tudo que serve como regra da antiga e boa convivência. Devemos nos atentar para esta liberalidade sem precedentes, ninguém pode ser o "avesso do avesso", sem se tornar um desajustado em potencial.
Vejo que a abertura geral dos valores abre portas aos desvalores, ao descaso, a falta limites, ao contra-senso, e nos torna cegos para uma realidade desenfreada da juventude, culminando na violência insana.
Longe  de mim ser limitada ou esquecer que busquei minha liberdade, mas levei a efeito uma frase que um amigo me soltou ao vento da orla de Recife, "voce é responsável pelos atos que pratica". E esta frase ecoou ao longo de minha vida, fazendo com que eu, por mais ousada que fosse, nunca perdesse o limite, passando a insanidade.
Lembrei-me de outra frase, muito forte e familiar dita inúmeras vezes por meu pai: "respeito é bom e eu gosto". Acho que falta este controle entre a liberdade do ser e os valores que o delimitam.

domingo, 25 de maio de 2014

A verdade sobre a COPA DAS COPAS

Olá,
Uma amiga do face, com muita efusão se pronunciou contra esta nova convocação que esta sendo publicada na redes sociais, para que nos vistamos de preto no dia da Abertura da Copa 2014 e nos jogos do Brasil.
 Me poupem!!!
Concordo com ela.
 Nada mais reacionário e hipócrita que esta convocação. O Brasileiro ama este esporte, se acham os criadores da bola em campo,(que os Ingleses nos perdoem), e desta forma chegam a ter verdadeiras legiões de seguidores fiéis que respiram futebol, chamam suas bandeiras de "manto Sagrado" - que heresia! mas com civilidade curtem os embates entre os times brasileiros.
Na verdade, oportuno dize,r que há até extremistas radicais similares a terroristas que armam verdadeiras batalhas bárbaras, que devem ser alvo de leis mais rígidas, mas o esporte nunca se sucumbirá a loucura humana.
O Fato é que antes mesmo da realização do evento, várias etapas foram vencidas. Então, porque ficamos inertes no momento da escolha do Brasil como País do Mundial 2014. Lembro que o Presidente Lula, alguns Governadores, e muitos parlamentares foram a esta festa, houveram abraços calorosos, Pelé emocionado, o que mudou de lá prá cá, NADA.
 Não tínhamos saúde, educação, transporte, rodovias - NADA. Aquele deveria ter sido aquele o momento para a população dizer NÃO. Todos calaram.  
O País assistiu paralisado esta "escolha" insólita. E agora, depois de TUDO concluído, a festa sendo articulada, querem que usemos preto!!!
 A nossa cor é a da alegria, da irreverência, da simplicidade, da coragem, da Floresta, do Sol, do Mar, da Paz =VERDE/AMARELO/AZUL/BRANCO.
Agora que toda imprensa mundial volta seus olhos para nós e especula que seremos os algozes aos turistas que enfrentarem a violência urbana do Brasil, isso é vergonhoso!! Propor usar preto, é de muito mal gosto.
Desvirtua a característica do POVO BRASILEIRO, que é SOLIDÁRIO, PARCEIRO, HUMANO, TRABALHADOR, GUERREIRO, tantas outros adjetivos que escreveríamos páginas sem fim.
Quer ser oposição ao Governo, a Parlamentares, ao desmando governamental, a injustiça social, a falta de tudo(educação, saúde, lazer, comida, salário digno, corrupção....enfim, seja objetivo).
 Façam com que seus apelos cheguem as autoridades por meio do VOTO. Pois é na ELEIÇÃO em outubro de 2014, que poderemos mostrar a força do povo brasileiro. E não, num evento de futebol mundial que traz empregos de forma geral e aquece a economia que anda gelada.
ESCOLHA BEM, prá não ter vestir preto depois. Não se deixe enganar, veja se existe um partido que lhe seja afeto, alguém que apresente propostas viáveis, concretas. Quem falar EU vou fazer... desconfie!!! Sensatez será conveniente nesta eleição.
Promessas vãs, surreais, resolução absoluta dos problemas é mentira. Se voce pensar, pode fazer o Brasil acontecer.
Então, não tenho nenhuma 'notícia bombástica' sobre a Copa das Copas, o que apresento é uma reflexão para que tenhamos civilidade,e nos apresentemos ao mundo de maneira honrosa, educada, vibrante e familiar como nação unida que somos.
Existe um momento certo prá cada coisa, agora é tempo de vibrar, torcer, receber visitantes, de ALEGRIA.
O MOMENTO DA ESCOLHA POR UM BRASIL MELHOR, SERÁ OUTUBRO 2014!! E só precisamos usar o dedo, expressando nossa consciência.